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Quem via a cena de longe ficava na dúvida, teria ela três pernas?
A pequena era magra feito o cabo da enxada, olhar centrado, mente perdida entre matos e plantas ,o que poderia estar pensando aquela pequena cabeça, lembrando dos brinquedos deixados no canto do quarto, fazendo cálculos de quanto tempo levaria para terminar, talvez a lição que a professora passou na última aula, viagens feitas pelo Estadão.
Era um embaraço de informações na cabeça da pequena, sim... quando falei que poderia confundir por parecer três pernas , a terceira será a enxada que era escorada no chão a cada cinco carpinadas, os braços compridos e franzinos não suportavam por muito tempo o peso de uma enxada.
O dever do dia foi cumprido, saiu correndo entre plantações de caju, os braços abertos sentindo o vento tocar-lhe a face como gostava de fazer nas viagens olhando pelo retrovisor da Kombi onde por muitas vezes brincou com as próprias mãos ao vento.
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