A jovem chegava alegremente em sua casa, no portão caixas, móveis desmontados e diversos outros encostados na parede.
A Kombi estacionada de frente à casa do outro lado da rua.
Observando os dois lados da rua sem nada entender ou assimilar o que estaria acontecendo com sua residência.
Iriam mudar-se sem avisos. Quem teria tomado tal decisão? Algo tão sério. Uma notícia e atitude a ser discutida em família.
A cada passo uma mensagem diferente vinda de moradores da vizinhança
“Vamos sentir saudades” dizia a senhora da casa número cinco. “Os jogos da rua não serão mais os mesmos”, falou o jovem da casa de número oito.
Na casa ao lado morava uma colega muito próxima “daquelas que tudo fazem juntas”. Dizia essa muito magoada: Você é amiga mesmo! Vai mudar e nem avisou.
Várias palavras poderiam ser ditas para retribuir aquele carinho dos colegas e vizinhos, mas entrou sem nada dizer deixando calar por um sentimento de dor e angústia.
Olhou para sua mãe com olhos lacrimejando, sem nada pronunciar ouviu: carregue as coisas do corredor, não demore, ele quer viajar antes do anoitecer.
Tudo já estava encaixado dentro da Kombi, sobre os móveis e um colchão de casal, o cachorro já acomodado em um pequeno espaço que sobrara.
As amigas se abraçaram mudas ao som de lágrimas.
Nos bancos da frente o casal. Atrás os filhos, deitados sobre o colchão. Enquanto a Kombi se movia para seu novo destino dentro do grande Estadão, as pessoas se despediam com olhares, sem nada saber.
Olá, Sandra. Tudo bem? Muito legal seu texto!!! Estou te seguindo, ok! Grande abraço!
ResponderExcluirOlá Erico, boa noite! apareça mais vezes . Um forte abraço. Sandra
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